Por que preservar a Natureza e diminuir o Impacto Ambiental nos protege de novas doenças?

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Os micro-organismos fazem parte do ecossistema tanto quanto o resto das espécies e em um ambiente equilibrado não apresentam grandes riscos à saúde e ao bem-estar. Em uma grama de terra, por exemplo, podemos encontrar cerca de 100 milhões de micro-organismos. O termo refere-se aos seres vivos (bactérias, arqueas, protozoários, fungos) e não vivos (vírus) que não são visíveis a olho nu. Estima-se que a diversidade de bactérias conhecidas (+/- 4.000 espécies) represente no máximo 12% da diversidade total destes pequenos seres. Para os vírus, as mais de 3.000 espécies descritas chegam a apenas 4% do número total de espécies existentes.

Há pelo menos duas décadas, cientistas ao redor do mundo alertam sobre os perigos de novas doenças e infecções causada por micro-organismos até então em equilíbrio, por conta do avanço populacional sobre as florestas. Com as altas taxas de desmatamento, além de causarmos a extinções de diversas espécies animais e vegetais, as quais abrigam estes pequenos seres, também encurtamos a distância entre os ecossistemas florestais e urbano e, consequentemente, facilitamos nossa exposição como hospedeiros para os micro-organismos. As interferências nos ambientes naturais que desequilibram sua ordem estrutural podem fazer desses seres invisíveis verdadeiras ameaças para o ecossistema e para as espécies que dele fazem parte, exportando as doenças que estão dentro da mata.

Ações geram repercussões, e neste ano de 2020 estamos vivendo o que fora tanto alertado pelos cientistas. O Coronavírus, vírus Sars-Cov-2, que tem causado tantas doenças, mortes e desequilíbrios econômicos e estruturais em nossa sociedade, possivelmente migrou a partir de morcegos na Ásia – o qual apresenta altas taxas de desmatamento, baixa estrutura sanitária e as altas densidades populacionais – possibilitando a infecção para os organismos humanos e, tornando-o seu hospedeiro principal.

Segundo dados da Universidade de Columbia nos Estados Unidos, a floresta Amazônica do Brasil pode estar se tornando um grande polo da pandemia. Segundo o estudo, mais de 3.204 tipos de Coronavírus circulam entre os morcegos amazônicos! Se pensarmos na taxa de desmatamento desta floresta que em 2019 bateu o recorde de 9.762 km² destruídos e que aumentou mais de 50% nos primeiros três meses deste ano comparado ao anterior, é imprevisível pensar o que pode sair de lá.

A Escola São Pelegrino se preocupa com um futuro sustentável para todos.  Por isso, há 09 anos o curso Técnico em Meio Ambiente é oferecido com o objetivo de formar profissionais com uma base sólida para atuar em projetos de educação ambiental, identificação de degradação ambiental e na formação de medidas para remediações ambientais. Neste técnico desenvolvemos capacidades para identificar e classificar os impactos ambientais com o intuito de propor medidas preventivas e assertivas, identificando e propondo melhoras com o objetivo principal de um desenvolvimento sustentável.

Caso queira saber mais sobre o que faz um Técnico em Meio Ambiente clique aqui. Aproveite também para ler  nosso artigo sobre os efeitos da degradação ambiental no atual cenário mundial ou sobre desenvolvimento sustentável e saúde. 

Sendo assim, visto os dados atuais e alarmantes que apareceram junto com a pandemia, visamos capacitar profissionais adequados que possam estar atuando nas linhas de base e de frente contra a destruição da natureza e no controle e remediação de impactos ambientais, impedindo a proliferação de doenças como a do Coronavírus e colaborando para o bem-estar de todos.

 

Fontes:   

www.dw.com/pt-br/o-elo-entre-desmatamento-e-epidemias-investigado-pela-ci%C3%AAncia/a-53135352 www.mma.gov.br/estruturas/chm/_arquivos/Aval_Conhec_Cap2.pdf

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